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Projeto Futebol Heliópolis: Gerando Oportunidades para Jovens na Maior Favela de SP

  • Escrito por André Silva | Editor Douglas Cavalcante
  • 30 de mar.
  • 3 min de leitura

As atividades de promoção ao esporte e a cidadania se somam e integram a missão da UNAS de contribuir para transformar Heliópolis e região num Bairro Educador, utilizando de uma metodologia que integra o esporte e a educação, com conceitos e princípios de jogo tático, habilidades psicomotoras, jogo coletivo e responsabilidade.


Com iniciativas esportivas como o projeto Futsal Heliópolis, Vencer pelo Jiu-Jitsu e a Copa ECA, a UNAS promove o direito básico ao lazer e ao esporte para crianças e adolescentes em um território que ainda enfrenta a falta de espaços que proporcionem essas oportunidades.

Ryan 14 anos, participante do Projeto Futebol Heliópolis | Foto: Cindy Tavares
Ryan 14 anos, participante do Projeto Futebol Heliópolis | Foto: Cindy Tavares

Outro trabalho sólido que merece destaque é o Projeto Futebol Heliópolis, que oferece aulas esportivas gratuitas e, desde 2024, conta com apoio para atender, mensalmente, 150 crianças e adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, moradoras de Heliópolis e do entorno, com treinos nas categorias de futebol feminino e masculino.


Sophia Maia tem 15 anos  e vem fazendo sua história no futebol, ainda pequena foi a “bola de ouro” da Copa Eca, foi campeã do Circuito Esportivo e da Taça Cidade de São Paulo, além de participar do Paulista Cup e da Taça das Favelas. Agora essa história ganha um novo capítulo com o Projeto Futebol Heliópolis.

“Ter um projeto como este é muito importante, principalmente para as meninas e para os meninos que estão começando agora.” conta Sophia.  “É bom ter este espaço para estar mostrando o talento e fazer o que gosta.”


Danilo Henrique, de 14 anos, compõe o plantel da categoria masculina do projeto, há sete anos ele participa de projetos esportivos desenvolvidos pela UNAS. Para ele, a importância desse projeto está na oportunidade e no acesso gratuito.


“Tem muita gente que não tem condições de ir pagar pra ir em uma escolinha pra ir brincar, treinar e jogar o seu futebol.” explica ele. “E estes projetos são importantes porque ajudam a combater esse círculo vicioso [drogas e violência] e conheço três moleques que trocaram isso pelo futebol.”



O estilo de jogo do Projeto Futebol Heliópolis não se limita apenas à prática esportiva, mas cumpre um papel importante como ferramenta de educação que promove o desenvolvimento integral da criança e do adolescente, estabelecendo um espaço seguro e acolhedor, utilizando o esporte como uma estratégia para afastar estes garotos e garotas de riscos, como da violência e do tráfico. Além disso, o projeto se destaca ao incentivar o comprometimento com os estudos, promover hábitos de vida saudáveis e contribuir para a formação de cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres. Dessa forma, o projeto não só visa formar atletas, mas também sujeitos plenos e responsáveis.


“Os estudos sempre vem primeiro, né.” explica Sophia. “E a gente depende muito dos estudos para onde a gente quer estar.”


No meio deste campo existe uma linha que expressa um contraste no país do futebol, enquanto um lado do campo estão os salários e transferências milionárias da elite do futebol brasileiro, do outro existe a escassez de investimento no esporte nas quebradas de todo o Brasil; Esta desigualdade se expressa entre as fortunas movimentadas pelos grandes clubes, contratações de estrelas e o investimento precário - ou inexistente - nas infraestruturas de esporte e lazer em territórios periféricos.


Em Heliópolis, onde o futebol é uma das poucas alternativas para muitos jovens, a ausência de espaços para a prática esportiva e programas de apoio limita o desenvolvimento de talentos e a possibilidade de ascensão social através do esporte. Enquanto o investimento no futebol, em sua grande maioria, se concentra em grandes centros e clubes de elite, as periferias acabam perdendo não apenas a oportunidade de desenvolver futuros atletas, mas também o processo de usar o futebol como um meio de inclusão, educação e transformação social.


A disparidade entre esses cenários contribui para um ciclo de exclusão social que precisa ser quebrado. Nesse contexto, é fundamental o apoio de parceiros como CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e o Banco BS2, que têm investido no projeto Futebol Heliópolis e no fortalecimento do eixo esportivo em Heliópolis e Região.

“A gente sabe que muitas vezes essas crianças não têm essa oportunidade de estar desenvolvendo a prática do futebol, de estar em alguma escolinha. E sabemos que há muita gente talentosa aqui em Heliópolis, mas o que falta é essa oportunidade.” explica Bárbara Bethânia. “Por isso é importante ter essas parcerias com a gente porque elas vão muito além do impacto financeiro, elas estão com a gente todos os dias, sentem o nosso cotidiano, nossos desafios e ajudam a colher frutos desses projetos.”



 
 
 

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