Minidocumentário conta a história e o impacto do CCA Georgina Maria do Carmo no Jd. Maria Estela

Produção audiovisual traz entrevista e relatos de famílias, trabalhadores e crianças que tem suas vidas impactadas pelo trabalho realizado

Temos dever de não esquecer o passado, reconhecendo-o, temos dever de não deixar o presente passar sem ser visto. Refletir sobre o que passou e pensar no que está acontecendo é o que vai definindo nossa identidade como comunidade. Pensando nesta preservação da memória e no papel de visibilizar nossas histórias é que surge o processo de filmagem do minidocumentário sobre o CCA – Centro para Crianças e Adolescente – Georgina Maria do Carmo, localizado no Jd. Maria Estela, zona sul de São Paulo.

Com produção de Sylvio Ayala e Cindy Tavares o documentário gravado durante as oficinas, atividades e o dia a dia do projeto traz para a linguagem audiovisual histórias reais de um equipamento social público que há 11 anos é gerido pela UNAS e tem realizado um papel fundamental na defesa e ampliação de direitos de crianças e adolescentes no “fundão do ipiranga”.  “Muita gente o habita, não apenas frequenta, mas é parte viva desse organismo, que pulsa, que acolhe, que transforma. Assim é (e trabalha) o CCA Georgina, valorizando a assistência social, criando vínculos, educando e promovendo os direitos humanos. É esta a intenção desse filme, alcançar você, chamar o povo, atrair a atenção humana, avisar e mostrar que: estamos aqui.” relata Sylvio Ayala - Artista visual, Jornalista e Arte educador.

A cidade de São Paulo possui 466 CCA’s, que atendem crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 11 meses, com foco especial em grupos em situação de vulnerabilidade social. Esses espaços oferecem atividades lúdicas, culturais e esportivas. O CCA Georgina faz parte dessa grande rede socioassistencial, mas que tem em sua origem a luta de uma mulher importantíssima, conhecida por muitos da comunidade como Dona Zika. Georgina do Carmo, dá nome ao espaço e foi peça fundamental na implementação da política pública do Ozem na década de 90, que, anos depois, deu origem ao que hoje é o CCA. “Esse CCA, além de fazer todo o trabalho socioeducativo e de acolhimento das crianças, também divulga cultura e discute políticas públicas”, disse João Bosco Nonato, secretário-geral da UNAS.

Para Priscilla Esteves, gestora do projeto o documentário tem um papel de reconhecimento, tanto para com as famílias atendidas, quanto para a equipe de trabalho. “O documentário sobre o nosso CCA é o reflexo de um trabalho construído com dedicação, compromisso e, acima de tudo, muito amor. Esse trabalho tem um valor simbólico imenso, porque valida aquilo que fazemos todos os dias, né? Cuidar, educar, apoiar e fortalecer juntos. Ele mostra para a comunidade, para as famílias e até para nós mesmos o quanto nosso serviço é importante, o quanto impactamos vidas e o quanto aprendemos com cada criança, adolescente e família que passa por aqui.”

Lançado no dia 12 de setembro para famílias do projeto e convidados o documentário CCA Georgina - Visibilidade social, território e convivência contou com grande público e expectativa em sua primeira exibição, com casa cheia, as pessoas se reuniram para assinar a obra, durante 18 minutos o minidocumentário trouxe muita emoção aos presentes como destaca Priscilla. “Poder assistir esse documentário junto com as famílias foi um momento único. Foi muito emocionante ver como cada um se reconheceu nessa história, reforçando laços, fortalecendo vínculos e mostrando que construímos tudo isso juntinhos. Eu estou muito feliz e grata por participar desse projeto que me fez entender que, mais do que prestar um serviço, nós fazemos parte da história do crescimento de muitas pessoas e que fazemos a diferença porque acreditamos nas transformações sociais através do poder do afeto, da escuta e do acolhimento.”

O vídeo agora está disponível também no canal da UNAS no youtube e conta com apoio do Projeto Garoto Cidadão da Fundação CSN.