UNAS reforça compromisso com a vida e a infância através de formação em Primeiros Socorros nos CEI’s
- Escrito por André Silva
- 24 de ago.
- 4 min de leitura
Capacitação é destinadas às equipes pedagógicas, administrativas e operacionais dos 17 CEI’s

Na última sexta-feira, 22 de Agosto, os dezessete Centros de Educação Infantil (CEI’s) administrados pela UNAS promoveram uma formação em Primeiros Socorros destinadas às equipes pedagógicas, administrativas e operacionais dos projetos, que cuidam diariamente de mais de duas mil crianças com idade entre 0 a 4 anos. A iniciativa teve como principal objetivo fortalecer o compromisso institucional com a segurança, o cuidado e a valorização à vida.
Durante a formação, foram abordadas situações emergenciais que podem ocorrer no ambiente escolar, como quedas, engasgos e desmaios, além de orientações práticas sobre como agir com rapidez e eficiência diante de cada situação. A capacitação não apenas ofereceu conhecimento técnico, mas também reforçou a importância do preparo emocional e do trabalho em equipe durante momentos delicados e de identificar potenciais perigos dentro do ambiente escolar, para poder atuar de forma preventiva, promovendo uma cultura de cuidado, segurança e acolhimento para as crianças.
“Esta formação tem o objetivo de ser preventiva, então tem o trabalho pedagógico sensível e cuidadoso também com os brinquedos que serão ofertados para as crianças.” esclarece Cláudia Soares, da equipe de acompanhamento pedagógico. Ela também reforça o cuidado na alimentação dentro do CEI: “A gente tem um manual de alimentos, o Manual Fotográfico de Corte e Consistências das Frutas para os Centros de Educação Infantil, com instruções de como cortar uma fruta de um jeito que a criança não vai engasgar, por exemplo. Então a professora e os demais responsáveis pelas crianças dentro daquele ambiente precisam saber se essa fruta que está vindo da cozinha segue o corte correto para aquela criança.”
A realização das noções básicas foi aplicada pela ONG Ecos Vivacce. “É importante assessorar as equipes destes equipamentos em situações de primeiros socorros, pois as crianças podem necessitar de auxílio urgente até dar tempo de chegar um socorro.” diz Priscila Ramos, representante da Ecos. “A ideia é preparar estes profissionais para que tenham habilidades de evitar este tipo de situação e saber lidar quando elas vêm a acontecer.”

A formação se alinha à exigência estabelecida pela Lei Lucas (13.722/2018), que tornou obrigatória a capacitação em noções básicas de Primeiros Socorros para professores e funcionários da educação básica, tanto da rede pública quanto da privada, garantindo que todos os profissionais envolvidos nestes equipamentos estejam aptos a intervir de forma adequada em situações de emergências e também para a prevenção de riscos.
“Dentro do CEI existem os professores de referência de cada turma. Todos são responsáveis pelo cuidado e o aprendizado dessas crianças, por isso é importante que todos que atuam dentro dos CEI’s estejam conscientes de como atuar em situações de cuidado e emergência.” explica Cláudia. “E essa formação de primeiros socorros ‘fica para a vida’, já que casos de emergências podem acontecer também fora do trabalho. A gente sensibiliza as equipes sobre a importância deste curso para o cuidado com essas crianças e também para se tornar algo preventivo para o nosso dia a dia.”
Os CEI’s, ao pensar na qualificação de suas equipes, demonstram sensibilidade e responsabilidade social, reconhecendo que a proteção e o bem estar das crianças precisam estar presentes na formação contínua de quem cuida e de quem educa. Sendo assim, elas reforçam a importância do equipamento educacional como um espaço seguro e preparado não apenas para ensinar, mas também para cuidar.

Érica Lima, professora do CEI Paulo Freire durante demonstração de desengasgo. | Foto: Cindy Tavares
“A gente tem feito esta formação todos os anos, mas é importante estar sempre relembrando para que a gente esteja preparado para trazer pra nossa prática caso seja necessário.” diz Érica Lima, professora de educação infantil no CEI Paulo Freire.
Tânia Ramos é mãe e foi a instrutora que contribuiu para capacitar Érica e suas demais colegas de equipe na formação realizada na sexta-feira. Para ela é crucial que qualquer pessoa tenha noções simples de como agir para evitar o pior, assegurando a vida do outro e a de si próprio. “Eu sou mãe e sei que você sair de casa pra ganhar o pão é muito importante, mas o que é mais importante é a gente deixar nossos filhos em mãos capacitadas e que saiba ações práticas e cirúrgicas, muitas vezes básicas, como quem chamar quando ocorrem situações assim e, além disso, pensar também no que consegue fazer enquanto isso.”

Izabel Albuquerque em simulação de manobra para desengasgo em bebês | Foto: Cindy Tavares
As crianças atendidas pelos CEI’s passam por um período da vida onde possuem uma capacidade alta de aprendizado, absorção e desenvolvimento que vão além dos primeiros passos e palavras, sendo importantíssimo para o momento de explorar a curiosidade, experienciar descobertas e interagir com o espaço onde está inserido. Essa jornada exige uma confiança nos cuidados dessas crianças e uma equipa dos CEI’s um olhar responsivo para que a experiência seja vivida de maneira lúdica e segura, assim, a formação em primeiros socorros também cumpre um papel de extrema importância no fortalecimento de vínculo com as famílias atendidas, estreitando uma confiança em um ambiente ocupado por profissionais zelosos que garanta às crianças um sentimento de amparo e segurança.
“Somos um eterno aprendiz e tudo que vêm para agregar à este cuidado que temos com os bebês e com as criancinhas é sempre indispensável, a gente precisa saber como lidar caso ocorra um engasgo, pois a gente sempre torce pra não acontecer, mas infelizmente pode.” diz Izabel de Albuquerque, professora do CEI Paulo Freire. “Isso é muito importante para o vínculo também com a família, eles depositam esta confiança de que estão deixando os filhos sob o cuidado de um profissional que vai cuidar do seu filho e que esteja preparado para situações de riscos.”






































Comentários