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  • Escrito por Gustavo Pinto | Edição Douglas Cavalcante

Milhares de pessoas saem às ruas da Maior Favela de SP na 25ª Caminhada pela Paz de Heliópolis

25 anos de história marcam uma caminhada cheia de luta e símbolos contra a violência.


Nesta sexta-feira 16 de Junho aconteceu a 25ª Caminhada pela Paz de Heliópolis, a concentração aconteceu às 13h na EMEF Campos Salles com diversas apresentações de projetos e escolas do entorno. A caminhada que abraça Heliópolis foi animada com diversas reivindicações promovendo a cultura da paz, tomando as ruas em um contexto de luta por garantia de direitos mas sobretudo, debatendo e refletindo sobre todas as formas de violência que vivemos todos os dias.

As apresentações na concentração foram das mais diversas, tudo se iniciou com as boas vindas dos professores Braz e Orlando, que estão juntos desde a primeira caminhada que aconteceu em 1999 após a morte da jovem Leonarda. Em seguida a EMEF Campos Salles apresentou Sonhos pra quem quer sonhar, uma performance das crianças com balões que representam a paz, na sequência a presidenta da UNAS Cleide Alves e Presidente de Honra João Miranda fizeram suas saudações cheias de esperança e afeto para que nunca esquecemos do que precisamos lutar e reivindicar. Mais tarde foi a vez da apresentação Mulheres Pretas e a Força de Oyá, apresentado pela EMEF Péricles Eugênio, seguindo pelas saudações das autoridades no local.

A caminhada se iniciou com bastante animação e protestos, diversas faixas entoaram essa edição que marca os 25 anos de história de luta pela cultura pela paz. O tema desse ano foi Políticas públicas + Consciência comunitária = Sociedade educadora, tema este que reverbera em todos os nossos projetos pois espelha o trabalho realizado em Heliópolis há mais de 25 anos, porque se temos políticas públicas e uma comunidade consciente de seus direitos e deveres isso só pode reverberar em uma sociedade educadora, que empodera os seus diariamente.

"É importantíssimo estarmos caminhando a 25 anos, mostra que nosso trabalho meu e do Braz, não precisam de nós, a comunidade abraçou a nossa ideia e o melhor é que se a Leonarda estivesse viva, se ela tivesse sobrevivido ela ficaria muito, mas muito feliz mesmo” detalhou Orlando, um dos criadores do caminhada e ex-professor da Leonarda.

Ações como essa são a ponta, ou melhor, a vitrine do que é tratado nos projetos e escolas do entorno no que visam seus atendidos e alunos durante todo o ano, a cultura de paz é um tema trabalhado o tempo todo em tudo que fazemos para que possamos caminhar com a certeza que todos que estejam ali tenham consciência de seus direitos e que minimamente eles possam ser garantidos dentro de nossos espaços, que são espaços seguros.

As crianças da minha idade tem que saber os seus direitos, temos que seguir sem preconceitos, a paz se faz todo dia, um beijo pro CCA Mina que me ensina tanto todo dia e me faz ter maturidade para entender o mundo” disse Iza aluna da EMEF Campos Salles e educanda do CCA Mina, emocionada em seu discurso no carro de som.


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