UNAS inaugura Centro de Defesa da Mulher na região do Ipiranga
Centro de Defesa e Convivência da Mulher - Sônia Maria Batista
O Centro de Defesa e Convivência da Mulher - Sônia Maria Batista é mais uma conquista em politicas públicas para nossa região, o serviço é fruto da parceria entre a UNAS e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e oferece atendimento social, psicológico, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência doméstica e situação de vulnerabilidade social, disponibilizando condições para o fortalecimento de sua autoestima e autonomia pessoal e social para a superação da situação de violência.
O CDCM - Centro de Defesa e Convivência da Mulher, funciona de segunda à sexta-feira das e tem capacidade de atendimento para 100 mulheres, com idade a partir de 18 anos.
TELEFONE: (11) 3473-5569
Homenagem a Sonia Maria Batista
Em 22 de Maio de 2016 perdemos uma grande companheira. Sônia Maria Batista, que lutava contra um câncer, faleceu vitima da doença. Sônia era uma batalhadora, mulher, negra, pobre, que lutava por uma sociedade mais justa e igualitária. Militante da região do Jd. São Savério e companheira de luta da UNAS Heliópolis e Região desde 2009, Sonia estava Gestora do CCA Plácido - (Centro para Crianças e Adolescentes).
Guerreira travou batalhas por toda a vida, e foi assim até o fim. Fim para nós deste mundo, mas para quem acredita, este fim é só uma passagem para outro plano.
Fica o exemplo de Mulher Lutadora que com certeza é nossa inspiração. Sônia Maria Batista Presente
A UNAS iniciou a gestão do serviço em dezembro passado, como resultado de um processo de chamamento público, mas, é muito anterior o desejo e a identificação da demanda de realização deste trabalho, de forma conectada à mulheres das regiões mais vulneráveis do território Ipiranga, composto pelos distritos Cursino, Sacomã e o próprio Ipiranga.
Por se tratar de um tipo de violência que ocorre muito combinada ao pacto social do silêncio, e a todos os estigmas em torno do gênero e papel feminino, a UNAS entende que, de acordo com as condições de vulnerabilidade social, demarcadas pelo acesso à renda, acesso às políticas públicas e o acesso aos direitos que estas mulheres tiveram ao longo da vida, estes fatores contribuem para a dificuldade de identificar a situação de violência, e percebê-la interligada a outras questões sociais e culturais, favorecendo a resignação e dificultando a busca por apoio para rompimento destes ciclos.
Baseados nestes princípios e na própria política de assistência social à qual o serviço é vinculado, no desenvolvimento do atendimento, a inclusão e acesso de mulheres com este perfil, é considerada de fundamental importância. Além de ser uma demanda antiga da organização e do Movimento de Mulheres de Heliópolis e Região, o serviço traduz além do fortalecimento individual de mulheres com o rompimento dos ciclos de violência, mas a luta por políticas públicas e a sensibilização de diferentes instâncias da sociedade civil e poder público pela propagação de uma cultura de paz e não violência de gênero. Mulheres presentes, mulheres vivem!