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  • Escrito por André Silva | Editor Douglas Cavalcante

Jovem moradora de Heliópolis tem ajudado a criar hortas comunitárias como ferramenta pedagógica e ambiental

Amanda, uma jovem tímida que se tornou agente ambiental na defesa de uma comunidade mais sustentável

Amanda Rocha iniciou sua trajetória em projetos sociais aos seis anos, ela recorda que na época era uma criança tímida, ansiosa e que também estava com medo de participar do Centro para Criança e Adolescente. Ainda assim, Amanda não se fechou para as oportunidades que tinha, o que a permitiu criar laços e memórias, desde as atividades educacionais com as professoras do SESI até os passeios com a criançada. “Adorava a dinâmica que faziam, não era só sentar, estudar e fazer. Sempre tinha uma brincadeira para aprender, sempre uma roda de conversas e atividades,” lembra Amanda.



Amanda sempre viveu com a mãe e às três irmãs em Heliópolis, morar perto do CCA Lagoa sempre facilitou o seu caminho nos oito anos em que esteve por lá e hoje, aos 21 anos, Amanda acumula participações nos mais diversos projetos sociais da UNAS. “Eu entro em várias áreas, então o meu papel é sempre estar aprendendo e tentar multiplicar de alguma forma.”


Depois que concluiu sua jornada de vida no CCA Lagoa, projeto que Amanda participativa no contraturno da escola com atividades socioculturais, passou por outras iniciativas sociais, como o projeto Tecnologias, onde Aos 16 anos teve o primeiro contato com a de T.I. e de design, participou também de um curso de radiodifusão na Rádio Comunitária Heliópolis, e passou pela área audiovisual com o projeto Câmera e Ação, em seu trabalho mais recente com a comunidade esteve envolvida com pesquisas e memórias do território nos dois anos em que esteve no Observatório De Olho na Quebrada.


Amanda vê essa experiência nos projetos da UNAS como a oportunidade de se desenvolver como pessoa, como profissional e também como parte da comunidade. “Eu sou tímida e muitas vezes tenho que falar com o público. porque aqui e gente está sempre sendo incentivada” conta. “E isso foi onde mais me impactou, que me fez desenvolver mais.”


Depois de uma trajetória de educanda nos projetos da UNAS, Amanda recebeu o convite para ser multiplicadora de horticultura no projeto Da Hora Para a Mesa a ser realizado nos Centros de Educação Infantil. O processo desafiador de sair de um projeto de pesquisa para trabalhar com horta nunca foi imaginado por Amanda, mas foi entre o plantio e as crianças que Amanda colheu o seu maior aprendizado. “Eu nunca pensei que ia poder ensinar. Nunca imaginei que Amanda poderia ser uma multiplicadora de crianças e de adultos.”



O projeto “Da Horta Para a Mesa” surge da necessidade existente em Heliópolis e comunidades do entorno de um desenvolvimento da sustentabilidade, da segurança alimentar e da educação ambiental, para isso, o projeto formou cinco jovens ambientais com idades entre 19 e 26 anos para a realização de ação de compostagem, horta e adubo em dez creches, servindo como espaço sustentável pedagógico. “A importância do projeto está na educação ambiental e sustentável.” explica Amanda. “E fazer com que as pessoas tenham ou relembram essa vivência.”


A horticultura ensina às crianças sobre como as plantas crescem, como cuidar delas e a importância de uma alimentação saudável, além de poder ensinar sobre cooperação e responsabilidade ambiental. Através dos jovens multiplicadores como Amanda, o projeto promove rodas de conversas e atividades dinâmicas e que não se limite apenas em habilidades práticas, mas também promove valores importantes, uma conexão com a terra e a comunidade, além de estimular um senso de responsabilidade ambiental. “Junto com as educadoras, a gente quer trazer essa vivência para as crianças, de criar essas novas memórias, de que não se trata de apenas se preocupar sobre se sujar e de que pode ser divertido.”



Resultado de uma sementinha plantada há muitos anos atrás, Amanda hoje se vê no processo de plantar novos futuros através das experiências que acumulou com sua trajetória nos projetos, de multiplicar o que aprendeu para a formação de novos cidadãos e não vê isso como um processo geracional.


“As pessoas foram muito importantes durante esse caminho.” diz Amanda. “Tanto a Carol como gestora do CCA, como a Jaque que foi minha educadora no CCA Lagoa, Reginaldo e João que me ensinaram bastante. Acho que as pessoas em cada momento marcaram e me ensinaram o que vou levar pra vida.”




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