Em Heliópolis crianças aprendem a brincar com objetos do cotidiano
A imaginação de uma criança é um castelo inteiro de possibilidades, muitas famílias não tem acesso aos brinquedos que proporcionam isso por si só, mas que tal utilizar o que se tem a mão? A imaginação poderia ser sinônimo de imensidão.

Atividades lúdicas podem ser trabalhadas de qualquer lugar e com qualquer objeto, o castelo da imaginação das crianças é construído com o que temos a mão, ou seja, podemos viajar e ou criar qualquer coisa com nossa imaginação. A Biblioteca Comunitária de Heliópolis trabalha a imaginação o tempo todo, através de leituras, indagações e brincadeiras. Há algumas semanas a equipe da Biblioteca levou a proposta de trabalhar a imaginação com crianças menores, com idade entre 0 e 3 anos, daí surgiu à "Atividade Sensorial na Creche", com o objetivo de estimular o brincar a partir de objetos do cotidiano, trabalhando a criatividade das educadoras e familiares com o que temos a mão, em casa.
Uma esponja, uma colher de pau, um pedaço de tecido ou até mesmo uma panela podem ser instrumentos da imaginação, crianças de até 03 anos de idade são um verdadeiro tesouro de espontaneidade e criatividade, elas conseguem ser e ver o que quiserem a partir de qualquer coisa, o trabalho feito com elas nada mais é do que um estímulo, é o poder de transformação “Trouxemos uma atividade para que eles pudessem participar ativamente com os sentidos, prestar atenção nos barulhos, nas texturas e nas cores, isso tudo com o que temos em casa, uma panela, uma esponjinha, um tecido com uma textura diferente fazem elas viajarem para onde quiserem, ou através das nossas cantigas os levamos para qualquer lugar, o intuito é que as crianças transformem o que tem em casa e possam viajar sem sair do lugar.” Disse Ângela José, Coordenadora da Biblioteca Comunitária.
A UNAS enquanto instituição preza pelo incentivo de potências desde a primeira infância até a terceira idade, incentivar a imaginação de uma criança pode reverberar num adulto criativo, com uma percepção de mundo que vai além do que se tem a mão. A ideia da Biblioteca é contemplar a fantasia do pensamento, é projetar o olhar além do que vemos, para que futuramente se possa entender que sim é possível ser o que quiser e transformar o que se tem a mão. A gestora do CEI Aparecida das Graças Silva Roseira, Joelma Novaes destacou que “Essa atividade tem uma riqueza sem tamanho, o sentir leva o pensamento para além do convencional, pudemos perceber que essas dinâmicas que as meninas trouxeram fizeram com que nossas crianças viajassem para além da sala, foi mágico e importante”.

Momentos como esse não podem ser ações pontuais, devemos ter essa sensibilidade de incentivar a imaginação o tempo todo. Apoie essas e outras ações da Biblioteca Comunitária Heliópolis que há 17 anos promover o acesso a leitura e a literatura de forma gratuita dentro da maior favela de São Paulo. Clique aqui e saiba como ajudar
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