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Novo posto de saúde na Estrada das Lágrimas segue fechado. UBS Vila Carioca e AMA Pq Bristol estão s

Desmonte da saúde na periferia

A gestão do prefeito João Doria em São Paulo mantém cortes nos investimentos sociais, e parte dos impactos atinge diretamente a saúde. Nos primeiros meses do ano, de acordo com o Relatório Quadrimestral de Gestão apresentado na Câmara Municipal em maio, foram congelados R$ 1,8 bilhão de reais na saúde. Ou seja, esse dinheiro foi arrecadado pela prefeitura, mas a gestão Doria decidiu não investir no sistema de saúde. As consequências da falta de verbas são sentidas, principalmente, nas periferias de São Paulo, e em Heliópolis isso significa ameaça de fechamento de postos de saúde e a não abertura de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) prevista na Estrada das Lágrimas, nº 1604. “A prefeitura alugou o prédio para funcionamento da nova UBS Sacomã em novembro de 2015, e gasta por volta de R$ 35 mil de aluguel. Isso, somado aos custos com vigilância e manutenção, significa um gasto em torno de R$ 40 mil todo mês. Mas até hoje, essa nova UBS não foi aberta”, afirma Manoel Otaviano da Silva, diretor da UNAS e conselheiro municipal de Saúde.

Além disso, explica Manoel, estava prevista a inauguração de outra UBS para o local em que funciona o CAPS 3, na rua Comandante Taylor. “É um absurdo, porque estava tudo previsto, fizeram reforma e depois de tanto gasto fica lá parado e dizem que não tem dinheiro para abrir”, completa.


Para piorar a situação, em junho, durante visita de Doria à UBS Vila Carioca, o Coordenador Regional de Saúde Sudeste, Dr. José Roberto Abdalla, afirmou, em transmissão ao vivo no Facebook do prefeito que sua gestão pretende fechar a unidade (Veja o Vídeo clicando Aqui). Com isso, a população hoje atendida na unidade de saúde localizada na rua Antonio Frederico, 117, terá de procurar outras unidades na região. No vídeo, a mudança é comunicada como se fosse um grande feito, e recebida pelo prefeito com entusiasmo. “É outro absurdo. Eles falam que as pessoas serão atendidas na UBS Rossini, que não comporta o número de pessoas. A UBS da Carioca nem traz gasto para a Prefeitura, pois quem paga a manutenção é a Shell, pela contaminação na Vila Carioca, é uma reparação a esse dano à comunidade”, complementa Manuel Otaviano.


Outra ameaça na região é a de fechamento da AMA Parque Bristol. Moradores/as do Parque Bristol, Jardim São Savério e Vila Morais, dentre outros bairros, estão se organizando para lutar contra mais esse retrocesso. A situação da saúde na cidade de São Paulo é preocupante. Além das obras paradas, unidades não inauguradas e tais ameaças de fechamento, que incluem as bases do SAMU, houve distribuição de remédios com datas de validade próximas ao vencimento, e seguem em falta nos postos 30 tipos de medicamentos, algo admitido pelo próprio secretário. “Para piorar, o prefeito João Dória trata a dependência química com bombas e repressão policial”, lembra Manuel Otaviano. Na atual gestão, há uma criminalização da pessoa em situação de dependência química, com violação de direitos humanos fundamentais e falta de preparo nos hospitais e demais serviços de referência para lidar com esse tipo de problema de saúde.

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