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  • UNAS Heliópolis e Região

Qualidade, sabor e uma importante causa. Conheça o sorvete ÔSH

Gabriel Dimenstein não se acanha na hora de falar sobre os produtos da OSH. “É um sorvete que não deixa a dever a nenhum outro das grandes marcas”. A sigla quer dizer Oficina de Sorvete de Heliópolis, mas o nome também imita a interjeição “oxe” de origem nordestino, como grande parte da população de Heliópolis. A iniciativa une, essa pegada até um pouco lúdica, gastronomia e empreendedorismo social.


A Oficina de Sorvete de Heliópolis é um projeto que ensina moradores a fabricarem e venderem a sobremesa gelada. A produção é voltada para um produto de alta qualidade, os sorvetes e picolés são feitos com ingredientes frescos e naturais, sem a utilização de pó ou massa artificiais. Os itens utilizados na fabricação são fornecidos por pequenos produtores e os sorvetes não recebem adição de saborizantes.


“O sorvete é uma coisa muito simpática, mexe com a memória afetiva das pessoas, é algo que todo mundo gosta, desde o adulto até a criança. Então o projeto começou capacitar moradores de Heliópolis para eles aprenderem a fazer o sorvete e, a partir daí, eles venderem o sorvete em alguns pontos da cidade e já começarem a levantar um pouco de renda para eles, para a comunidade”, conta Dimenstein um dos parceiros do Projeto ÔSH

Foto: Lucas da Silva de 25 anos é um dos moradores participantes do projeto

A demanda inicial nasceu do desemprego. Heliópolis é uma das maiores favelas do Brasil onde moram cerca de 200 mil pessoas, e onde há uma taxa de desemprego enorme. Para Antonia Cleide Alves, Presidenta da UNAS, o projeto surge da necessidade de gerar renda as famílias da comunidade, mas também toca em algo muito importante que é a discussão sobre uma alimentação saudável. “As famílias estão produzindo e vendendo os sorvetes, com isso estão ganhando mais de um salário mínimo por mês com as vendas aos finais de semana. Além de ajudar nas necessidades e nas contas das famílias o ÔSH é um produto sem conservantes, produzido da fruta e com carinho”.

Os produtos OSH foram lançados no mercado, oficialmente, no dia 1° de maio de 2019, com o primeiro ponto de venda sendo estabelecido no “Beco do Batman”, na Vila Madalena. A data do início das operações, o Dia do Trabalho, claro, não foi uma coincidência. “Escolhemos esse dia para a inauguração como uma forma de levantar o debate sobre os 13 milhões de desempregados que temos no Brasil atualmente, e pensarmos em alternativas para combatermos isso. Para nós, o empreendedorismo é a melhor delas”, explica Maria Luiza Rocha, sócia da Escola Sorvete

A OSH é resultado de uma grande rede de parceiros que unem, a UNAS com todo seu trabalho há mais de 40 anos na favela de Heliópolis, Gabriel Dimenstein, sócio do site Catraca Livre com sua articulação, divulgação e concessão de espaço para venda dos sorvetes no Beco do Batman, a Escola Sorvete que é braço gastronômico, oferecendo expertise para a iniciativa e capacitando os moradores. Edgard Barki, professor da FGV, também faz parte dessa rede. Ele é especialista em empreendedorismo periférico e está auxiliando a estruturação da OSH, elaborando o plano de negócios da iniciativa. O StudioIno que doou a produção de todo o projeto arquitetônico da fábrica e o desenvolvimento do conceito de branding da ÔSH e por fim a fabricante de equipamentos de cozinha industrial Alphagel entrou para o time doando máquinas de produção de sorvete e de picolés.

Agora, o objetivo é realizar a construção da fábrica de sorvetes em Heliópolis – por enquanto, os produtos estão sendo feitos na Escola Sorvete -, e empregar mais pessoas na produção e venda. Esse trabalho será, mais uma vez, realizado por meio de parcerias. O espaço já está garantido, um imóvel ao lado da sede da UNAS. Agora é angariar fundos e costurar novos parceiros para transformar o sonho da fábrica de sorvetes de Heliópolis em realidade.

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