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  • UNAS Heliópolis e Região

Moradores de Heliópolis reclamam dos preços abusivos na conta de Luz

R$ 4.500,00, R$ 2.750,00, R$ 5.000,00.


Esses valores altíssimos, que não são cobrados nem mesmo de apartamentos de luxo em São Paulo, estão nas contas de luz de moradores de Heliópolis. Os valores são cobrados pela Enel, companhia privada de energia responsável pelo fornecimento no estado. Está a cada dia mais frequente as reclamações em Heliópolis dos preços abusivos na conta de luz. Maria do Socorro da Silva, moradora de Heliópolis a mais de 30 anos, nos mostra a conta que chegou em sua casa em julho deste ano: R$ 4.550,28, um completo absurdo, que não corresponde com seu histórico de consumo nem com o padrão de vida em sua casa.


“Não tenho freezer, aparelho de som, geladeira grande, nada. Só lavo roupa no fim de semana, e vem essas contas altas. Agora neste mês foi R$ 2.224,00, um absurdo. A água também está cara, chega a mais de R$ 300,00, não tem como pagar essas contas altas não”, protesta a moradora. Em sua casa, moram apenas 7 pessoas, quatro delas crianças, e apesar de já ter reclamado contra as cobranças abusivas, nada é feito.

O preço da luz no Brasil está cada vez mais caro, e isso é um reflexo direto das privatizações no setor elétrico. Elas aconteceram nos anos 1990, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e em São Paulo com a venda da Eletropaulo para a AES Tietê. Recentemente, a empresa italiana Enel comprou a Eletropaulo, mas a realidade das cobranças abusivas não mudou. No Brasil, a produção de energia é muito barata, pois cerca de 80% vem das hidroelétricas, o modelo que produz com custo mais baixo. Mas desde a privatização do sistema, as tarifas foram elevadas a preços internacionais, o que encareceu muito para as famílias brasileiras (como aconteceu recentemente com o combustível na nova política de preços da Petrobrás, que atrelou a cobrança nos postos de gasolina às altas no preço internacional do petróleo).


Apesar disso, o governo Bolsonaro ameaça com mais privatização, agora da Eletrobrás, o que pode piorar ainda mais situações como a de Maria do Socorro. Para enfrentar essa realidade, precisamos nos engajar contra os preços abusivos, e lutar por uma política popular de energia.

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